Meu luto antecipatório começou no dia que a equipe de cuidados paliativos nos convidou para uma reunião. A Organização Mundial de Saúde – OMS, revista em 2002, definiu que “Cuidado paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento”.
Para a minha surpresa, não veio uma equipe, compareceu apenas uma médica despreparada, cheia de termos técnicos, que verbalizou da forma ela que conseguiu, que caso minha mãe tivesse uma parada cardíaca ou infarto, não iriam reanimá-la. O meu sofrimento se intensificou e, desde então, eu fiquei com a angústia, o medo, e a insegurança como companheiros presentes a todo instante.
Em 4 meses, foram 3 internações. Eu que não tinha vivência hospitalar, agora possuía a presença semanal no hospital. A cada internação era mais insegurança, a última internação foi por pneumonia. No sábado dia 18/05/24, sabendo que o quadro era grave, cheguei mais cedo que o habitual no hospital. Naquele leito, vi aquela mulher que era forte, mas agora estava frágil e não parecia a minha mãe. “Mamis”, que era resiliente, bagunceira, firme, atrevida, destemida, controladora e batalhadora, foi enfraquecendo. Perdeu o apetite, peso, as forças e, por fim, o fôlego.
A médica sem nenhum preparo me disse “a dona Enedina faleceu”, e minha resposta foi: Como? Como ela ousa dizer que a Enedina me deixou?
Mesmo sabendo que não terei resposta, grito em desespero em cima de um corpo frio: “Mãe… mãe… mãe… obrigada. Valeu por tudo! Ah! Como eu gostaria que ela mandasse eu falar baixo”.
Gente, alguém fala pra Deus que as mães precisam ser eternas.
Já se foram 30 dias de saudades!
Férias, por si só, já é excelente! Imagine, então, quando é em Melbourne, a cidade australiana eleita, por 7 vezes consecutivas (2011-2017), a melhor do mundo para se viver segundo o ranking criado pela revista The Economist, que inclui mais de 140 cidades!?
Foram 20 dias maravilhosos em solo australiano e quero compartilhar com vocês.
Melbourne é uma cidade linda, além de parques, praças e jardins por toda parte, prédios arquitetônicos, espaços para a prática de ciclismo, transporte público de fácil acesso, também possui praias de águas cristalinas e uma paisagem exuberante.
Os veículos do transporte público são limpos e confortáveis e não presenciei superlotação, trânsito intenso, buzinas ou acidentes. Será que a exposição a um tráfego particularmente barulhento traz algum impacto na nossa saúde física ou mental?
Como a ciclovia é excelente, muitos adotaram a bicicleta como seu transporte preferido. As empresas locais, inclusive, estimulam seus funcionários a utilizarem esse meio de locomoção para irem ao trabalho, oferecendo-lhes estacionamento e chuveiro.
No quesito segurança, pude observar que as pessoas utilizam tranquilamente celulares e computadores na rua ou no transporte público, o que demonstra o quanto a Austrália é um país seguro.
Todas essas condições influenciam a saúde mental, impactada positivamente pela ausência de eventos estressores que geram medo e tensão.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter qualidade de vida é essencial para que as pessoas possam desfrutar de uma boa saúde mental, que é obtida através de um conjunto de fatores, como a prática de hobbies, esportes ou outras atividades físicas, momentos de lazer e acesso a ambientes seguros, proporcionando equilíbrio entre corpo e mente.
A Austrália oferece tudo isso e, talvez por essa razão, é um dos países com um dos mais altos índices de longevidade do mundo.
A estação ferroviária Flinders Street.
A sociedade nos ensina que só seremos completas com um parceiro.
Sendo assim, acreditamos desde muito cedo que precisamos do “protetor masculino”, do príncipe em um cavalo branco, de alguém que resgate a mocinha abandonada.
E as crenças continuam, acreditamos que para sermos validadas por esse “príncipe” é necessário sermos bonitas, submissas, educadas, generosas, boazinhas, cuidadosas e dependentes.
E ainda fomos convencidas de que silenciadas somos melhores, afinal, não reclamar, falar pouco e baixo, seriam características imprescindíveis.
Algumas de nós, fantasiamos os romances perfeitos com finais “hollywoodianos”; o famoso “foram felizes para sempre” e alimentamos a ideia de que “se EU me dedicar, vai dar certo”.
Com essa construção, fomos entendendo que somos as responsáveis pela preservação dos relacionamentos, por isso, custe o que custar temos que salvar a relação.
Conforme escreveu a autora Colette Dowling em, Complexo de Cinderela, “Elas dedicam-se a cuidar, e isso, aprendemos por tantos e tantos anos, é a natureza feminina. E embora ela nos mutile, não a questionamos.”
É importante lembrar que boas relações protegem nossa saúde mental. Vale lembrar: Cuidado com gente doente por perto.
Os seres humanos precisam da troca de experiências com outras pessoas, principalmente, as quais temos identificação.
Como escreveu o filósofo Teilhard de Chardin a célebre frase; nenhum homem é uma ilha, ou seja, não devemos viver isoladamente e necessitamos das relações interpessoais.
Separe um tempo para um encontro, uma conversa, ouvir e falar sobre a própria vida, compartilhar os sonhos, as expectativas e os medos.
Você vai perceber que a vida é muito melhor compartilhada.
A intenção, é encontrar relações verdadeiras e que busquem o bem estar e crescimento individual de ambas as partes.
Separar dói e as vezes a pergunta é “o que eu faço com a dor?”.
Saliento que cada indivíduo lida com a dor de forma única.
Ele finalizou um namoro de 1 ano e 4 meses pelo WhatsApp o que me deixou devastada, vale ressaltar que receber o “pé na bunda” é doloroso.
Na ocasião, compreendi que virar a página era necessário, eu estava na aquela fase que o namoro não tinha mais pra onde ir? Então... foi aí que resolvi me presentear, “se é pra chorar, vou chorar em Lisboa”. Sabe aquela sensação de que você precisa de um lugar melhor para iniciar um novo ciclo?
A viagem foi incrível, não chorei e aproveitei, voltei renovada e entendi que “o escroto” já era falecido!
Estava renovada e “me sentindo” (mulheres entenderão).
Acredita que quando eu retornei, um amigo me chamou para almoçar, queria saber como foi a viagem. Era um desses amigos gatos que toda mulher tem que ter....
Com toda a minha energia e olhos brilhando, relatei sobre a viagem e como eu estava feliz. Moral da história ...gente feliz atrai gente feliz!!
Seis meses após o almoço estávamos namorando, eu até fiz “um doce” mas não resisti, casei com o meu amigo gato!!!
Deixa eu te contar uma coisa? Se presenteie.
Um ciclo se fecha pra outro se iniciar.
Tudo passa! Que a minha experiência ajude você acreditar que sempre vem algo maior e melhor!
Dia da Consciência Negra marca a importância de reflexões, discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país.
Você sabia que existe vários tipos de racismo?
Racismo Estrutural
Racismo Individual
Racismo Recreativo
Racismo Institucional
Racismo Cientifico
Racismo Velado
E que tudo isso afeta a saúde mental da população preta? De acordo com a escritora Evaristo Conceição
“Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer.”
E que antes de dizer que é mimimi. Você pode se questionar, porque os pretos trabalharam enquanto os brancos se divertem?
Comece a questionar sobre as oportunidades, espaços, os lugares pré determinados, porque a protagonista da novela é sempre branca? O seu médico, o juíz, o empresário, a modelo enfim… porque a mulher branca está sempre atrelada a mulher perfeita?
Você acha que uma mulher branca ouve justificativa (que eu já ouvi) porque foi escolhida para namorar?
Dia da consciência negra é pra compreender que Racismo Reverso não existe e antes de desconsiderar a minha narrativa/escrita, que tal ter conhecimento e informação para colaborar com uma sociedade antirracista?
Obs: Escrevo na tentativa que você pense e repense sobre as questões raciais e assim seja um antirracista na prática.
Lutamos todos os dias contra o racismo.
A nossa luta é diária!
Por uma sociedade melhor!
Desde 2014, Setembro Amarelo é a campanha mundial de prevenção e conscientização ao suicídio. No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública e sua ocorrência tem aumentado muito entre jovens, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e mais de 1 milhão no mundo.
No entanto, percebo discussões equivocadas e simplistas sobre o tema, pessoas se apropriam do discurso e prestam mais um desserviço de saúde pública do que serviço de conscientização.
Há uma naturalização do tema coincidentemente espaços que invisibilizam a dor e excluem pessoas, tal qual aquela gente que questiona diagnósticos e transtornos mentais, as instituições que não oferecem convênio médico e praticam microagressões e as organizações que demitem após o afastamento por depressão. No mês de setembro esses esquecem seus atos e aderem a campanhas, utilizam-se de “lives”, lacinhos e trajes amarelos na esperança de obter “likes”, engajamentos e captação de clientes e o que era para oferecer informação tornou-se uma questão mercadológica.
Suicídio é uma questão multifatorial, ou seja, inúmeras são as causas, dentre elas, questões familiares, questões sociais, homofobia, racismo, transtornos, são sentimentos diversos, incapacidade, desespero, apatia, angústia, isolamento etc.
Nesse contexto se faz necessário repensar nossas atitudes e ampliar as discussões e conscientizar que Saúde Mental é de janeiro a janeiro. Todo dia é amarelo, todo ano é amarelo, todo dia é um bom dia para prevenir, salvar e conscientizar.
Ouvir com empatia, ouvir com coração pode salvar vida.
Em dezembro morreu a Jornalista Eloisa Leandro, 41 anos https://istoe.com.br/morre-jornalista-eloisa-leandro-apos-passar-por-procedimento-estetico/ em janeiro a influenciadora Liliane Amorim, de 26 anos https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/2021/02/02/influencer-morreu-por---choque-septico-decorrente-de-traumatismo-abdominal-penetrante---aponta-laudo-da-pefoce.html ambas morreram devido complicações com a lipoaspiração.
Como eu não conhecia a influenciadora, fui ver quem era, e vi um corpo lindo com toda a beleza da juventude e que estava dentro do “padrão exigido”. Meu questionamento foi, a busca pelo corpo perfeito não tem fim?
A insatisfação com o corpo é queixa recorrente no consultório, inicia-se com as comparações, autodepreciação, angústia e segue com a distorção da imagem! Alta, baixa, gorda, definida, magra, pele impecável, com espinhas ou sem, nada parece bom?
A busca por um padrão de beleza tem se tornado insano, vale tudo a qualquer preço! Geram necessidades para vender pílulas emagrecedoras, dietas milagrosas, cosméticos com promessas mirabolantes, harmonização facial (analisa o nome harmonização????) e procedimentos cirúrgicos. Muitas vezes o resultado é de frustração e sentimento de culpa podendo desenvolver diversos transtornos.
Não podemos normalizar cirurgia plástica, embora a Lipoaspiração possa parecer um procedimento simples pela quantidade de celebridades que compartilham seus resultados, não deixa de ser uma cirurgia e pode oferecer riscos.
Pior do que odiar seu corpo é compara-lo, pior do que não viver com seu corpo é esperar outro corpo! O corpo perfeito é esse que te permite viver!
Sugiro que você cuide da sua mente da mesma forma que se empenha em cuidar do corpo.
Lembre-se: A aceitação não passa pela barriga chapada, pela perna torneada ou o bumbum dos sonhos, passa primeiro pela mente.
Junto com a pandemia do Corona vírus, veio “a pandemia das separações”.
Segundo o levantamento da Revista Pais&Filhos, em abril deste ano houve um aumento de 177% na procura por advogados para consultoria sobre divórcio em comparação ao mesmo período do ano passado.
Entre as celebridades e anônimos o que sabemos é que a lista é grande!
Separar dói e as vezes a pergunta é “o que eu faço para acabar com a dor?
E dói mesmo.
E não há respostas prontas, a dor é tão profunda que alguns estudiosos equiparam com morte em vida, são inúmeros sentimos e emoções para lidar.
E cada um tem o seu tempo de elaboração e a melhor forma de lidar com a situação.
Vale lembrar que a forma como foi finalizada a relação, pode amenizar a dor de quem fica.
É necessário Viver o luto “O período de luto é extremamente necessário e não podemos nega-lo. Descobrimos como viver sem aquela pessoa e conviver com a saudade”.
Tenha rede de apoio – Tenha por perto quem possa ampara-lo.
Não esforce a fazer nada que não tenha vontade.
Faça as coisas que você sempre quis fazer – Hora de retomar um projeto antigo ou realizar um sonho esquecido.
Permita conhecer lugares e pessoas – Permita-se é palavra,
“Se ame o suficiente para dar conta de seguir em frente quando te
deixarem para trás”.
Fonte:
CORINGA, o filme tem um roteiro bem elaborado, é desconfortável, questionador, atual, reflexivo, sombrio e não é uma experiência de super-herói.
Com atuação brilhante Joaquin Phoenix interpreta Arthur Fleck. Um homem solitário, que apresenta um transtorno psicológico, resultado de vários fatores. O seu comportamento oscila entre o real e o imaginário, o que o deixa fora de controle. Ele é consequência de um ambiente hostil, sem acolhimento, vítima de violência física, ou seja, marcado por traumas. A sua vida não é fácil, cuida da mãe doente e ainda enfrenta dificuldades financeiras. Trabalha como palhaço e sofre constantes humilhações.
Arthur é desprezado, rejeitado e ignorado, ele se vê como ninguém.
Busca se reconhecer enquanto sujeito, busca um lugar para ser visto, e ninguém o reconhece, a mãe o abandonou, o Sistema falhou em protegê-lo quando criança, e ainda não oferece tratamento adequado para um indivíduo que toma 7 medicações diferentes. A Assistente Social não oferece uma escuta adequada. Quem o vê ???
Então ele perde... perde o emprego, perde o acompanhamento psiquiátrico por falta de verbas, enfim... perde a ESPERANÇA.
Ele dança, enquanto desce...
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Quantos “Coringas” existem entre nós? As vítimas de negligência afetiva e maus tratos, emocionalmente regredidos, que sofrem pela ausência paterna, materna e estão à procura de afeto. Desejam ter cuidados, mas infelizmente o que encontra é uma sociedade com pouco entendimento sobre a saúde mental, não percebe o sofrimento do doente, então se mostra apática, insensível e indiferente.
Recentemente passei na Av. Eng. Carlos Berrini (SP) e lembrei como era a minha vida naquele prédio espelhado.
Durante 6 ano, ocupei o cargo de Analista Financeira em uma multinacional Argentina.
Costumo dizer que eu tinha uma “vida certinha”, um emprego fixo com regime CLT, carga horária semanal e horário para chegar e sair, ainda assim, meus olhos nunca brilharão. Eu estava entediada com as funções do cargo, relatório a entregar, planilha para preencher, conciliação bancária para bater, cobranças para calcular etc. Essa insatisfação não era passageira, a empresa era boa, o problema é que nasci para ser livre...não queria ter gerente me cobrando resultado eu queria ter meu próprio horário.
Queria trabalhar de maneira que eu tivesse tempo para mim, para meu descanso, minha família e meus compromissos. (Nada era pior do que pedir para ir ao médico)
Eu sonhava em fazer do me jeito. Mas devido o salário garantido eu prorrogava meu sonho.
Olhava e pensava, até quando? Faltava coragem...
O tempo passava e a angústia aumentava. Então eu fiz vestibular novamente, para o curso que eu sempre sonhei. Quero ajudar as pessoas.
Enquanto eu cursava Psicologia não contei na empresa, para não antecipar a demissão.
Em vários momentos eu tive medo, e se eu ficar sem dinheiro, acumular dividas, e se o meu plano não der certo? Mas eu estava disposta a pagar o preço pela minha escolha.
Comecei novamente, percorri um caminho que eu já conhecia, novamente como estagiária, bolsa auxilio valor do salário mínimo, ou seja, projetos adiados. (Viagem, troca de carro etc)
Olho para trás, e não tenho saudade da mesa cheia de papéis, estou orgulhosa da minha coragem, porque trabalhar com que ama é bom demais!
Se você quer sair do emprego, comece a preparar o caminho, planeje sua nova estrada. As vezes erra, tropeça, perde o rumo, cai se machuca...MAS CONTINUA, o que não dá é não TENTAR... ficar na lamentação.
Quantas pessoas adoecem por falta de coragem?
Se prepare para mudanças. Só vai acontecer quando você decidir.
O abandono paterno é uma realidade de proporções assustadoras em nosso país.
Aproximadamente 5,5 milhões de brasileiros não possuem registro paterno na certidão de nascimento e quase 12 milhões de famílias tem mães como responsáveis. O pai tem um papel na dinâmica familiar é aquele poder soberano que protege, direciona, exerce uma função estruturante que impacta na estruturação psíquica da criança. As palavras de encorajamento do pai, proporciona auto estima, gera força, confiança, reconhecimento, aprovação e aceitação!
É necessário a presença de um pai forte e seguro, que ensine o filho a existir em sociedade, assim como a mãe o ensinou a existir em seu próprio corpo. O vínculo que une pai e filho é diferente daquele que une a dupla mãe-filho. Sua presença física e afetiva é fundamental para romper a relação simbiose (primeiros meses de vida) do filho com a mãe, funcionando como uma ponte entre o mundo interno e a realidade externa.
Quando o pai se faz ausente, ele deixa de cumprir uma função que pode ser tanto de natureza material, intelectual ou sentimental: três formas de abandono ou seja consequências afetivas.
Implica em dificuldades financeiras, ou seja, redução de oportunidades ainda que a mãe trabalhe fora. A ausência do pai, não apenas física, mas, sobretudo, a ausência emocional gera um sentimento de rejeição, um vazio com questionamentos sobre a existência, porque não me amou? Não veio me ver, não me quis? Eu respondo que isso não tem a ver com o Filho, tem a ver com um homem, mostrando quem ele realmente é!
Fonte: Rohde LA. et al. A função paterna no desenvolvimento do bebê. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. 1991. Vol. 13, p. 127-135.
As pessoas deveriam vir com cinco minutos de trailer, só pra gente ter uma ideia de onde está se metendo. (Não sei quem é o autor da frase) Ao ler, pensei quem nunca achou, que estava com um príncipe e descobriu que estava com o demônio? (Prefiro não ofender o sapo)
Insistimos em histórias que está longe de ter um roteiro bom, com final feliz. A gente se acostuma com história que mostra amor apenas de uma parte.
Eu tive muitos namorados doidos. Muitos. Namorei o 13 era um transtornado, o DURO ele não tinha dinheiro para um sorvete, o CÃO cheio do discurso religioso, o PAGODEIRO o pagode em primeiro lugar, e o IMATURO dispensa comentários. Relações que faltaram maturidade, paciência, cumplicidade, afinidade, valorização, planos em comum enfim .... (Já pedi perdão pra mim)
Hoje eu enxergo, que insisti em relações, com personagens que construí na minha imaginação.
O problema não eram os caras, eles ofereceram o que tinha. O problema era eu que via o que não existia, fruto da minha carência. Essa carência afetiva tinha a ver com as minhas feridas emocionais da infância. Não me senti tão amada quanto deveria.
O desejo de viver um romance, faz com que os sinais sejam ignorados. Não romantize RELACIONAMENTO permeado pela traição, ciúmes, autocontrole, desprezo, mentira, indiferença, sedução, competição, rejeição etc. Não fique pechinchando/mendigando um "sim" que deveria vir naturalmente. Fique com alguém que está tão disposto quanto você, sem desculpas, sem rabo preso e joguinhos.
Fuja de gente que não deseja se comprometer, de quem só está disponível para algumas horas oferecendo um pouco de prazer e nada mais.
O amor só é real, quando expressado, existido e sentido.
Minha sugestão, cure as feridas emocionais (abandono, humilhação, traição, rejeição) da infância, elas se arrastam até a fase adulta, é preciso trata-las para ser feliz. Quando tratadas fica mais fácil identificar o que é o amor.
Se você estiver esperando, espere VIVENDO. Não se deixe para depois...você é AGORA.. Não aceite pouco. Invista em você, seja seu maior patrimônio. Estude, viaje, se desafie, esteja rodeado de gente que te ama.
Aprenda que não vale a pena sofrer por alguém que vive FELIZ sem você!
Gente infeliz não vai ser feliz com NINGUÉM.
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados colhidos entre 1984 e 2017 indica que, no Brasil, um em cada três casamentos resulta em divórcio.
Os motivos são diversos desde imaturidade, despreparo, traição, incompatibilidade, crise financeira, falta de sexo, de respeito, cumplicidade, falta de amor próprio gerando insegurança, ciúmes, controle, mentiras, ofensas etc Com o passar do tempo os motivos que fizeram ser "uma só carne” desaparecem. Muitos casamentos acabam antes mesmo de completarem um ano inteiro juntos e parceiros são substituídos num piscar de olhos. Na contemporaneidade tudo se desfaz com rapidez com que se faz, tudo é inseguro e nada garantido, tempos de amores descartáveis.
Como escreveu o sociólogo Zygmunt Bauman.
“Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar”.
Casamento é uma construção que exige base sólida. Isso se constrói, e como toda construção leva um tempo. Pontuar diferenças, liberar perdão, reconhecer falhas, manter-se calado, admitir erros, alterar comportamento, aprender a se comunicar, disponibilizar tempo, ser respeitoso, tudo isso é trabalhoso! Quem quer ter trabalho?
Algumas situações poderiam ser resolvidas com diálogo, paciência e maturidade do casal. Poucos procuram ajuda para superar a crise/problemas no relacionamento. Justificam que tem medo de se expor ou que não tem recursos financeiros. E válido a tentativa de evitar o fim da relação. Talvez precise estar diante de um Profissional para ressignificar a relação e redescobrir o desejo! Casamento bom não cai do céu! Infelizmente, quando a opção é pelo divórcio não há vencedores, ambos perdem, principalmente se o casal tiver filhos.
Sou da época que não se falava sobre estereótipos, minorias, protagonismo, pluralidade, diversidade, representatividade ou empoderamento. Época em que cabelo crespo, era o cabelo ruim.
Não se comentava em transição capilar.
Na minha casa nunca houve discussões ou explicações sobre isso. Não sei se precisava falar, ou se a minha mãe que é negra não tinha condições de falar.
No imaginário infantil todos eram brancos a boneca (Barbie, Suzy, Bebê, Cheirinho), fada, sereia, Papai Noel etc
No Ensino Médio, eu percebia que eu era a única aluna negra na sala de aula, talvez, porque o colégio era particular. Na universidade um professor me disse "você sempre terá que ser a melhor, porque é negra", hoje, compreendo que ele estava falando da sua experiência, afinal também era negro. Ainda, que sua fala fosse pessoal, me impactou.
O tempo passou o discurso aumentou, porém, a ação não foi na mesma velocidade.
Em alguns lugares eu sou a única negra, seja, no restaurante, avião, teatro, parque, museu ou congresso. Às vezes estou em um espaço com a maioria branca e pessoas negras estão me servindo, me questiono, porque não estão usufruindo como eu?
Eu quero que entendam que a nossa história não se resume a escravidão e serventia:
Outro dia fui ao banheiro, em uma universidade pública e a pessoa da limpeza me cumprimentou, ela se identificou com a minha cor, notei que seus olhos brilharam e naquele instante eu era a representatividade. A luta continua. Basta, observar os dados estatísticos, onde a população negra aparece com menos oportunidades, o Instituto Ethos, mapeou Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil, onde 54% da população são negros, 4% dos negros ocupam cargos de liderança, sendo que apenas 0,4 Mulheres negras em cargos de liderança. A luta é diária.
Por isso, respeite a minha história, e a luta de muitos.
Fontes:
https://www3.ethos.org.br/wp-content/uploads/2016/05/Perfil_Social_Tacial_Genero_500empresas.pdf
Foto: Google
De acordo com a Lei 13.104/2015 Feminicídio se configura homicídio qualificado o assassinato de mulher quando a causa dessa morte é por questões de gênero, ou seja, simplesmente por ser mulher.
Conforme os dados, a forma mais comum de violência contra a mulher é aquela cometida pelo agressor que prometeu que amaria e a protegeria.
O Brasil ocupa 5 quinta maior taxa de Feminicídio no mundo de acordo com a ONU. Dado alarmante que reflete uma triste realidade, onde 12 mulheres são assassinadas todos os dias.
Os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos ingestão de álcool, pedido de separação, ciúmes ou posse.
São relacionamentos permeados por uma relação de afeto, poder, subordinação e dominação.
Antes da concretização do Feminicídio há um ciclo de violência doméstica inserido.
- Violência Social (controla as saídas e visitas aos familiares)
- Violência Emocional (Necessidade deixar o outro com sentimento de inutilidade)
- Tortura
- Discriminação
- Ameaças/chantagem
- Violência Física
- Violência Financeira
- Agressão Verbal
- Perseguição (atemorizar o outro)
A proposta de uma relação amorosa não é nenhum tipo de violência, constrangimento, abuso, ameaça, gritos, xingamentos, golpes, desprezo, tensão, etc, se isso acontece com você fique atenta e busque ajuda!
Aos que presenciam essas agressões, não sejam omissos. Ligue 180 serviço gratuito, e não é preciso se identificar, oferecido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Funciona 24Horas por dia, orientando a mulher a buscar o apoio necessário, dentro do que existe em sua região e de acordo com as necessidades do caso.
As imagens de um homem que se diz marido dando golpes, espancando e a vítima correndo é desesperador me deixa estarrecida e com questionamentos. Ninguém ouviu? Ninguém viu? Está todo mundo morto? Ou todos se fazendo de morto?
Denuncie!
Dia dos NAMORADOS é o momento que você pode ser traído pelos seus pensamentos, por acreditar que não tem a companhia ideal.
Não fique pensando na ex namorada (o), ou ouvindo a música romântica que sempre ouviam juntos. Aliás, lidar com términos é difícil! O "desgostar" de alguém leva um tempo para acontecer. Então não alimente o que já acabou.
Não se desmereça por não ter alguém.
Aproveite a ocasião e pense em você. Em que lugar está, o que está fazendo para ser melhor e para onde está indo? Tenha um caso de amor com você. Não espere esperando, espere vivendo! Busque realizações, estude, o conhecimento ninguém pode tirar ou faça uma viagem, se disponibilize a conhecer culturas e lugares diferentes. Enfim...invista em você! Não fique presa a cobranças e rótulos como encalhada, desesperada ou solteirona isso é um comportamento da cultura ocidental que está enraizado no mito do príncipe encantado. Antes de tudo, você precisa ter vontade de passar o resta da sua vida com você!
A série de sucesso “13 Reasons Why" está de volta, em 2017 foi um dos lançamentos mais populares da NETFLIX! A Série baseada no livro de Jay Asher que aborda a vida e o drama de Hannah Baker, uma jovem de 17 anos, vítima de cyberbullying e violência sexual. Se percebe vulnerável e sem acolhimento, entendeu que a melhor saída para lidar com o sofrimento foi tirar a própria vida.
De acordo com a crítica, na segunda temporada, as coisas estão piores na Liberty High, escola que serve como principal cenário para os acontecimentos, envolvendo os alunos adolescentes. Traz temas como alcoolismo, sofrimento, auto aceitação, falta da autoestima, desvalorização da identidade, estupro, estresse pós traumático (pós estupro) bullying, crime e suicídio o tema central da série. As pesquisas dizem que a primeira temporada provocou aumento nas ligações no CVV (Centro de Valorização da Vida) na busca por ajuda contra o suicídio.https://exame.abril.com.br/brasil/serie-da-netflix-faz-crescer-busca-pelo-cvv-em-445/
Muitos não acreditam que o suicídio é umas das maiores causas de morte, e parece que só vai acontecer distante. Segundo a OMS, a cada 30 segundos morre uma pessoa que tirou a própria vida.
Em 13 Reasons Why, nota-se a ausência dos pais, aparecem preocupados com suas obrigações e ausentes dos dilemas do universo adolescente. Na atualidade, me impressiona o descuido dos responsáveis em perceber o sofrimento dos filhos. A presença marcante dos pais nos momentos em que os filhos precisam para resolver problemas, está cada vez mais escasso. Sendo assim, não enxergam a angustia e alteração de comportamento sinalizando a dor. Disponibilidade dos pais para construir uma relação de confiança com os filhos pode ser a saída.
É aconselhável aos pais falem a respeito da série com os filhos. Quem sabe pode ser o momento oportuno para conversa, orientação, amparo e reflexão? Há assuntos delicados que impactam as pessoas de acordo com as condições psicológicas de cada um, então esteja perto e ofereça suporte.
Desde que eu estudei sobre Suicídio e Luto (curso USP) eu me interesso por esse tema, sendo assim, com frequência eu sou informada que alguém colocou fim a própria vida. Os primeiros números divulgados pelo Ministério da Saúde referente a 2017, o suicídio aparece como a quarta maior causa de morte entre 15 e 29 anos. Quase sempre é inesperada e imprevisível. As estatísticas mostram que há uma epidemia silenciosa acometendo os adolescentes e jovens. A cada 45 minutos uma pessoa se mata no Brasil. Alguns diagnósticos (bipolaridade, depressão, esquizofrenia) impactam diretamente nesses índices. Em outras situações, algumas pressões contribuem para isso. Estar atento e construir uma relação de confiança entre pais e filhos pode ser a saída. A atenção dos pais é fundamental no controle dos acessos à internet. Observe o as redes sociais que seu filho está inserido. Há grupos com desafios e esses desafios pode colocar a vida em exposição e risco. Fique alerta com jogos de videogame especialmente os que contém brigas, violência e morte! (Jogos mudam de fase). Os adolescentes geralmente apresentam baixa tolerância a frustração, e não sabem lidar com a solidão, perda, comparação, dor e vazio. Talvez seja por isso, que a MUTILAÇÃO é frequente nessa fase. Ensine-os a valorizar a vida, esse é o maior presente! Ouça sem julgamento, legitime a dor e ofereça suporte. Se possível peça orientação a um profissional da saúde mental.
Falar de morte e luto é um tabu! A morte mexe conosco por vários motivos, entre eles, mostra a nossa impotência e finitude da existência humana. Basta estarmos vivos, não existe critérios, todos nós partiremos. Presenciar a partida de alguém que se ama é desesperador, quanto maior o vínculo, maior o sofrimento. A verdade é que lidar com a perda de um ente querido é um dos processos mais difíceis que um ser humano pode passar.
Como elaborar o luto? Podemos começar pensando o que é o luto? O luto é o processo de elaboração de perdas (perda de algo ou alguém significativo) que ocorre quando há um vínculo afetivo. Há um conjunto de reações diante de uma perda, experimentada de forma singular por cada indivíduo. Existem fatores que influenciam nesse processo, exemplo o tipo de morte: há morte repentina, lenta, violenta, escancarada etc.
Vivenciar o luto é lento, doloroso e tem como característica um sofrimento profundo. Parece que na contemporaneidade não existe espaço para sofrer pelas perdas, sentir ou expressar a dor. No entanto, a expressão de sentimentos nessa ocasião é fundamental para o desenvolvimento do processo de luto. Ou seja, falar da perda, sentir saudades, expressar sentimentos (raiva, decepção, dor, expectativa) é natural. A elaboração da perda passa por alguns estágios. Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Nem sempre ocorrerão nessa ordem, depende do tipo da perda e do vínculo estabelecido. Não é fácil, se possível procure orientação especializada para se reconstruir e se reorganizar diante da perda.